quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Marilyn Manson @ Pavilhão Atlantico





Este concerto já foi pra antes de ontem e além disso as fotografias estão um tudo nada tremidas. Lamento tudo isto, mas também informo que o blog tem estatutos que permitem estas baldas. Por isso...

Marilyn Manson desiludiram-me. E não pensem que eu os queria mais 'jazzísticos'. Gosto de os ouvir por serem um peso sonoro que faz os meus ouvidos sangrar da mesma forma que os olhos do MM (ele, o cantor). Só que desta vez o vermelho era mesmo pintura, para disfarçar a falta de glóbulos vermelhos.

O que eu imaginava é que seriam violentamente imaginativos. Pelo menos quando os oiço em musica gravada parece-me assim. Mas não. A voz do 'anticristo' confirma-se razoavelmente 'infernal', a presença de palco enfim, safou-se mas não chegou às expectativas, o aparato cénico foram clichés e os músicos não tocaram. As guitarras então... quando muito tiveram uns momentos. A versão que fizeram do Sweet Dreams foi uma miséria.

Estavam ali perto uns anormais na 'moshada', mas acho que estavam de auscultadores...
A sério.

domingo, 25 de novembro de 2007

5 Filmes

O Lourenço Bray lançou-me uma corrente para cinco filmes. Aqui vão eles, uma lista de 5 feita por influência do primeiro impulso, excluindo 50 outros que poderiam igualmente estar. Têm o seu lugar por razões diferentes e não se atropelam.

Cenas da Vida Conjugal - De Ingmar Bergman. Ver (e rever) este filme foi para mim uma espécie de tormento, num misto de câmara de tortura e sessão de terapia, receei não voltar a ser o mesmo quando me levantasse da cadeira. E foi interessante ver depois Saraband. Se "Cenas da vida conjugal" é o frio, Saraband é o calor.

Cremaster 3 - O visual tem um forte poder sobre os meus sentidos e o deste filme é de uma truculência sem par. A narrativa também, apesar das suas particularidades. Pertencente a uma série de cinco filmes de Matthew Barney é, como os outros do ciclo, um filme "ensaio" de uma estética que pode ser difícil de aceitar, ou de gostar. Há quem não goste, mesmo nada. Mesmo assim eu aprecio, e muito, a diferença que faz este ciclo. Escolhi o "3" porque é o que mais recordo. Nesta série que é bastante conceptual talvez seja o de mais fácil leitura, e a narrativa "non-sense" tem, apesar disso, uma forte condução.


Kill Bill - São dois, mas estipulei que para esta lista só contam uma vez. Gosto de Tarantino quase sempre e este filme é o que mais gosto de (re)ver. Não é porque a Uma Thurman está omnipresente e eu a achar, vamos lá, perfeita! Não. É apenas e tão só porque este filme é uma banda desenhada de carne e osso onde tudo é aparentemente superficial e supérfluo, mas a que uma invisível coerência confere espessura e interesse. Este filme diverte-me à brava. Ah, e recordo-me da actriz principal, mas agora nem sei explicar porquê.



Playtime - ou "Mon Oncle" de Jacques Tati. Gosto deste humor de aparência inocente, e passo o tempo todo a pôr-me no lugar do Tati para tentar (sem conseguir) imaginar como foi possível desencadear toda aquela inspiração. Acho que em cada fotograma destes filmes posso encontrar uma magnifica sátira social. (E já vos disse que também gosto muito de Jean-Luc Godard?)

Eraserhead - David Lynch tem um onirismo negro e sufocante, feito daquelas perversidades que habitam as traseiras dos nossos (meus?) pensamentos. Este foi dos primeiros filmes que dele vi, inserido num ciclo qualquer e agora está aí nas salas. Escolho-o um pouco por isso, porque podia ser outro. A Lynch is a Lynch is a Lynch.

E agora cabe-me convidar a M. do embirrante, a F. do cicuta em doses lentas, o E.S. do desenhador do quotidiano, a S. do somnambulichtigen e a S. do mapa do cais. Digam coisas, gostava de vos ouvir.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

synchronize

Anteciparte

Ricardo Leandro e César Engström, "Synchronize"

Damn Good


no cantinho do youtube aqui ao lado esteve durante bastante tempo a Jessica Rylan, uma das mais sensíveis e românticas criadoras de noise music que conheço (quase parece contrasenso não é?). Possivelmente só presenciando a actuação dela ao vivo é possível envolvermo-nos da maneira emocionante que vivi na ZDB. Agora deixei uma outra personalidade sui generis mas igualmente radical. James 'blood' Ulmer, que se desunha na sua guitarra "harmolódica" ou em poderosíssimas interpretações de blues, por exemplo.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

homem espacial

(feito numa visita à colecção Berardo pelo Miguel Martins)

time for nothing

Não penso senão em acompanhar "the changes", isto é, as progressões dos standards de jazz. Pela improvisação, pois claro. Tenho de fazer isto, já ando há demasiado tempo a tentar, já não vale a pena desistir, mas daqui a pouco falta-me a paciência e o tempo, e se me faltar a paciência e o tempo deprimo, porque acho que isto é tão belo que eu ficarei supremamente belo. E tudo. A expressão musical é das mais belas formas de comunicação, a que mais me fascina.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Artes Plásticas de todos

A 4ª mostra ANTECIPARTE inaugura amanhâ na Rua da Escola Politécnica. São trabalhos de 13 jovens artistas, selecionados das escolas nacionais. Os trabalhos estão à venda e decorrerão paralelamente conferências e debates. Apareçam que é simpático e interessante.
O programa vai estar aqui.
Os artistas consagrados também aí estão. A 7ª edição da ARTE LISBOA está na FIL de 7 a 12 de Novembro e promete ser um dos anos mais concorridos de sempre. Este ano foi criado um espaço PROJECTOS dedicado a arte emergente.

domingo, 4 de novembro de 2007

O teste de estudo!


O Miguel Martins tem 9 anos e faz bonecos e bd desde que aprendeu a segurar um lápis nas mãos. Tão naturalmente como respira. Pedi-lhe uma tira para o blog, imaginou e fez esta em minutos.
Aqui está, originalíssima, singularidades ortográficas respeitadas!