terça-feira, 26 de junho de 2007

Pedras Rolantes

têm 70 anos, tocam há mais de 40... podiam ter cabeleira postiça, implantes dentários, lentes de contacto, pace maker, e sei lá quantas próteses mais. Até podiam ter saído dali pra uma dose de soro reconstituinte. Mas que não pararam em duas horas de mais um concerto pleno de energia rock, isso é indesmentível.
Dizem que para a próxima é que já não há. Eu acredito que vai continuar a haver...


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I always get my satisfaction!

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Talvez um pouco de falta de algazarra..

por parte do público.



Visivelmente animados, mas sem acompanhar o alto débito de energia e fanfarra da performance dos Kumpania Algazarra que se deu ontem à tarde nos jardins da Gulbenkian. É


pena, porque ter os músicos a tocar ‘com’ o público e no mesmo espaço do público, não é todos os dias. Não é totalmente natural ver esta banda tocar, não são maioritárias as raízes lusas (apesar da letra portuguesa) ou deste lado da Europa; é música predominantemente


balcã, que podia estar a sonorizar um Emir Kusturica portuga. Mas é bem físico o sentido de espectáculo e a pedalada que lhe imprimem.

É musica do mundo, para a celebração! E nós queremos é festa!

quarta-feira, 20 de junho de 2007


"Reality

is that which,

when you stop

believing in it,
doesn’t go away"


Philip K. Dick


terça-feira, 19 de junho de 2007

Para os desenxovalhados!!

(havemos de falar sobre isto)



Percepção e Estéticas na Criação Musical
Transmutações do Som e Novas Tecnologias


Instituto Franco-Português - 11, 12,13 e 14 de Setembro
Fundação Calouste Gulbenkain - 15 de Setembro
Casa da Música - 18 a 23 de Setembro

Hanne Hukkelberg

Sexta passada fui ao LUX. Abanar o capacete? Hmmm, não..



estive num momento ZEN. De musica imensa e beleza infinita.

A Hanne Hukkelberg foi lá cantar, entoar melodias, e acompanhar-se de sons nús, como o correr de uma bicicleta e o bater de uma tampa; ou um piano preguiçoso.




Os músicos que a acompanham completam o clima e com ela, mergulham-nos em sonhos cor de rosa.

Os albuns que até agora gravou, são mais analíticos e por consequência menos aromáticos. Ou então sou eu que acho sempre que ao vivo os bons espectáculos tem melhor clima. Mas não me entendam mal, estão todos verdes de rodar no meu ipod.

Não é monumental e grandioso, é terreno e despretensioso e não soa ao ôco de muita, mesmo muita pop. Chamei-lhe art pop experimental, mas não sei porquê, não liguem...




Ao fim de alguns encores, lá tivemos de os deixar ir. Estavam numa digressão de 2 meses e este foi o espectáculo final de encerramento. Perfeitinho era sermos agora os primeiros da próxima..

Lauren Newton no Jazz em Agosto

Olhem!!


Dia 11 de Agosto 2007, sábado
15h30JOËLLE LÉANDRE (FRANÇA) - solo contrabaixo
18h30TIMBRE (EUA, ALEMANHA, ÁUSTRIA) Lauren Newton (voz), Elisabeth Tuchmann (voz), Oskar Mörth (voz), Bertl Mütter (voz, tb)
21h30 ORNETTE COLEMAN "SOUND GRAMMAR" (EUA) Ornette Coleman (sa, viol, tp), Tony Falanga (ctb), Charnett Moffett (ctb), Al Macdowell (b el), Denardo Coleman (bat)



Conhecem-na? É daquelas que tem uma voz abençoada pelos deuses e que percorre todo o espectro do audível, passando por registos que na verdade ainda não sabiamos ser do audível.

O talento é imenso e corremos o risco ficarmos de ouvidos colados às paisagens musicais que ela desenha. Talvez precisemos de estar preparados para ouvir o inabitual e inesperado, mas não o devíamos estar sempre? Ou queremos canções de embalar corpos e inanimar neurónios, para adormecer no doce silêncio do tédio? Não aqui.

A Lauren Newton nasceu em 1952 nos Estados Unidos, mas tem vividio na Alemanha onde é um dos membros fundadores do Vienna Art Orchestra.

Uns 11 albuns gravados, dois dos quais recentemente (Soundscapes e Tenderness of Stones), sem nunca cá pôr os pés para a ouvirmos.

Não mais. Por fim vou ouvir ao vivo um dos meus heróis da improvisação, do avant garde, da voz. Já não era sem tempo e ó Gulbenkian, mais uma vez te agradecemos!!


Ah, guardem-me um lugar central na primeira fila do anfiteatro. Não é virem aqui saber as boas notícias e depois irem pra lá ocupar os lugares à doida...


sábado, 2 de junho de 2007

Dead Combo @ ZDB

Os Dead Combo, os verdadeiros, lusos e originais, voltaram à ZDB pra nos lembrar de novo que são a melhor banda Portuguesa e um dos melhores projectos do universo e periferias paralelas. O som de Tó Trips e Pedro Gonçalves está cada vez melhor e a inesperada presença, discreta, da Ana Araujo nas teclas foi perfeita.



Não tenho uma miserável foto pra postar, esqueci-me de levar a máquina, logo esta noite que estava ali mesmo debaixo dos narizes deles. Vou deixar duas que tirei no primeiro concerto na ZDB, em 22-05-2004, se não me falham os registos.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Cecil Taylor @ today

Que mania de só falar daquilo que está no momento a ter algum impacto mediático. O Cecil Taylor, que não põe os pés por cá desde Fevereiro de 2004, é mais importante que muito assunto de hoje...



Cecil, pianista quase com 80 anos mantém uma energia que eu gostaria de ter tido aos 20. Embora vulgarmente a sua criação se enquadre no Free Jazz, melhor o definiria como 'musica genial, tentem lá fazer igual ou parecidito que seja'. CT é um performer que não se limitou à expressão musical, também já se fez dançarino e performer, poeta, declamador e filósofo.
As sua manifestações artísticas ao piano, evocam uma paleta de 'cores' que vão da mais suave melodia a uma violenta utilização corporal, capaz de o deixar (ao piano!) em desconcerto. É mesmo assim, quando se 'nasce' com alma orgânica para a música.

Que eu saiba não está para vir cá mas se estivesse, falava dele na mesma!