terça-feira, 31 de julho de 2007

Splash!!!


Foram ao banho!




...mergulharam daqui.
à tardinha, acabaram-se as ondas

transformaram-se em nuvens, e voaram para...


...onde existe uma arvore alta, a quem segredam sonhos.

sonham, susurram, sentem, sacam salpicos...



Ingmar Bergman

No Egipto dos Faraós acreditava-se que o ser humano só morria quando desaparecia a última recordação dele. Eu ainda acredito.



Vou aproveitar para voltar a ver os meus filmes preferidos do Bergman.

Diamantes em NY




Diamanda Galas vai dar três concertos este Agosto em NY. Faria a viagem Lisboa-NY só por isso, apesar de já a ter visto actuar algumas vezes, em Portugal e fora.

Diamanda Galás will perform Chansons Malheureuses and Amanedhes at New York’s Highline Ballroom on August 19th, 2007. In Chansons Malheureuses and Amanedhes, Diamanda Galás will combine original compositions set upon the poetry of symbolist and surrealist French poets with the dazzling vocal tradition of the Amanedhes (improvised lamentations from Asia Minor and the Middle East), and Greek and Armenian Rembetika songs. The evening will feature, among others, “Keigome Keigome,” “Hastayim Yasiyorum” by Udi Hrant, songs by the great Stelios Kazantzithis and texts by Gerard de Nerval, Aimé Cesaire, Jules Supervielle, and Ferdinand Freiliger.
Diamanda Galás’ Chansons Malheureuses and Amanedhes will be performed at The Highline Ballroom, located at 431 W 16th St. (between 9th and 10th avenues) in New York City, on Sunday, August 19 at 8pm. Tickets are $30. To order tickets, please call (212) 414-5994 or visit www.highlineballroom.com

In Imitation of Life, Galás will transform classic jazz standards and French ballads about the thrill and pain of romantic love into haunting elegies to Eros. The set of chosen songs draws its inspiration from the ancient Greek meaning of desire – an ambivalent state of being combining both the sweet and the bitter. Accompanied by her own ominous piano, the dark queen of extended technique will deliver an unforgettable set of songs, ranging from lovers’ blind fascination to carnivorous desire. “Love is akin to the courtship of the female praying mantis who, right after mating, devours the male’s brain matter,” says Galás. “It is an obsession that prevails in the face of despair. Ending it is too painful to contemplate, though not to digest.” Both concerts will include different selections of songs made famous by Judy Garland and Nancy Wilson (Never Will I Marry), Earl Grant (Imitation of Life), Chet Baker (The Thrill Is Gone and You Don’t Know What Love Is), Ronnie Earl (A Soul That’s Been Abused), Jacques Brel (La chanson des vieux amants), Juliette Greco (Amours perdues and Bonjour tristesse), Edith Piaf (Padam, Padam), and Marlene Dietrich (Je m’ennuie), among others. It will also include selections from Galas’ upcoming compilation of tragic, homicidal love songs, Guilty, Guilty, Guilty, to be released by Mute UK on the Day of the Dead (November 1, 2007), such as Ralph Stanley's haunting O Death (The Reaper's Love Song), O. V. Wright’s Eight Men and Four Women, and the classic Autumn Leaves.
Diamanda Galás’ Imitation of Life will take place at the Highline Ballroom on August 6th and 12th, 2007 at 8pm. The Highline Ballroom is located at 431 W 16th St. (between 9th and 10th Avenues). Tickets are $30. To order tickets, please call (212) 414-5994 or visit www.highlineballroom.com.



Diamanda Galas tem um dos percursos musicais que mais me apaixonam.
Compõe, toca e canta. A sua voz, são "só" 4 oitavas de gama vocal, de registo doce ou na mais infernal articulação.


"..and she sings like a demon going to war, a Valkyrie scatting, a lizard queen seeking revenge for the dead….Galás is profound, rigorous, vocally unlimited, terrifying and utterly compelling."

Mas há também o piano, ou as electrónicas. Galas consegue que a sua música não seja óbvia, embora nem sempre se afste totalmente de algumas raízes culturais, como o blues, que nos criam uma zona de conforto. A sonoridade geral pode ser simultaneamente estranha e muito apelativa, qualquer coisa que se poderia classificar como surrealista.

"Galás approaches the French chanson and the blues in an unusual way—by means of Chopin-inspired accompaniments that denounce her classic training (she has worked with Boulez), modulating her voice with operatic and tribal mixtures that leave her fans fearless."

A música de Galas não é fácil. Uma das razões está na própria essência do que Diamanda Galas pretende comunicar. Cada sua actuação, revela uma faceta humana socialmente intervencionista, pelos direitos de diversas minorias. Mas também uma atitude "contra o sistema".

"Someone dies every 13 minutes [of AIDS]," Galas rages during Masque, a series of arias and invocations meant to make the nation confront the disease.























Vão vê-la. Há aí uma boleia?

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Shit!!

Dos concertos, que por motivos imprevistos, não vou poder ver este verão, este era o mais aguardado.


Este Sábado na Musicbox, os Wordsong vão recriar trabalhos dos dois álbuns que têm publicados. Um é dedicado a Al Berto, outro a Fernando Pessoa. As guitarras, os sintetizadores, e voz falada formam uma mistura “melódico-electrónica”, com algumas reminiscências dos saudosos Mler Ife Dada, que constituem um universo experimentalista e criativo para a reinterpretação da poesia daqueles dois autores.


Wordsong


Pedro d'Orey - Voz

Alexandre Cortez - Baixo eléctrico, teclados e programações

Nuno Grácio - Guitarra e programações

Filipe Valentim - Teclados


sexta-feira, 20 de julho de 2007

Para fazer esta foto não me inspirei em Lisboa


Lisboa entristece-nos um pouco. Impossível aos seus habitantes vivê-la a pé ou de bicicleta (sei de alguns ciclistas teimosos, a quem a cidade fez ver a sua insensatez num curto espaço de tempo), criar laços com o espaço circundante, obter o 'feeling' e os aromas das suas gentes.

Por isso faz-me bem saber de:

e de:

Manual das cidades
Manuel Graça Dias, Relógio d'Água, 2007
Este é um livro constituído maioritariamente por colaborações escritas por Manuel Graça Dias nos últimos dois anos para o semanário Expresso, em que o autor reflecte sobre as idiossincrasias da arquitectura portuguesa, centrando a sua análise no tema das cidades.

"São invocadas as questões sociais, arquitectónicas, históricas que justificam o abandono do centro pelas populações. São identificados os motivos da especulação imobiliária na área metropolitana de Lisboa.



segunda-feira, 16 de julho de 2007

Hangin' out and Jamming...

Este blog, Jazz Guitar Adventures, escrito por um músico, relata-nos as suas conclusões em como analisar e memorizar standards de jazz. Infelizmente parece estar inactivo ou em pausa prolongada, mas achei interessante o que lá está por isso aqui fica a informação. Já agora, se alguém conhecer outros no género, deixe-me um comment. Fico agradecido.

domingo, 15 de julho de 2007

Steve Vai @ Aula Magna rules!!!!


O estilo musical de Vai não é propriamente a minha noção do que mais interessante se pode fazer, musicalmente falando. Este estilo rock de fusão autolimita-se na sua tentativa de estar em permanente speed e extase 'adrenalinático'. Mas é verdade que nunca perdi um concerto de Vai em Lisboa. Se ouvir os seus CD’s mais que um par de vezes pode trazer-me algum tédio, um espectáculo dele é realmente inesquecível e as duas horas e meia de música passam-se em quê, 5 minutos? Nem tanto. Vai tem nos espectáculos ares de estrela, tipo ‘eu sou o superman da guitarra’, mas não há um momento que não tenha também o prémio ‘superman’ da simpatia, boa disposição e anti-pop star.

E é realmente um super-herói da guitarra, toca de uma forma que o senso comum nos diz que é impossível. Eu ando sempre à procura de um truquezinho qualquer manhoso, porque aquilo não existe.

Desta vez a composição foi mais interessante e em particular, parece-me que se tem reduzido a sensação de que os outros músicos são uma “backing track” da cosmoguitarra de Vai. Ainda assim, isto é “o” músico e a sua banda.

A entrada de dois violinos nesta Tour, um deles em permanência através da violinista Ann Marie enriquece e diversifica o espectáculo e foi uma interessante surpresa.

olhem prá foto e digam lá que não enriquece.. :)

Já a primeira parte do concerto, que habitualmente era preenchida por Eric Sardinas, deixou-me sem saber o que pensar. Foi feita a solo por Zack Wiesinger, um dos elementos da banda, que obviamente é um excelente guitarrista. Mas aquilo não cola ao resto, mais parece um número improvisado de stand up musical comedy que só se justificaria se tivesse realmente sido uma necessidade inesperada de improvisação para encher aquele tempo.

autógrafos e abraços à saída do palco

Mas volto a dizer, um concerto do Steve Vai são duas horas e meia de espectáculo memorável. Imperdíveis.

As fotos são o que se conseguiu, lá de trás do sol posto, onde fiquei :)

Fiquem bem!


sexta-feira, 13 de julho de 2007

Concertos

Ausência de alguns dias forçada pelo período de exames da minha escolita, a jbjazz, que mesmo quando nos prega alguma partida não deixa nunca de ser a nossa querida escola.

Dizem que já vou deixando de ter idade pra isto, mas eu não me importo, sabem
lá o que nos faz bem desafiar as probabilidades e o status quo.

Como este período está carregadinho de espectáculos, e eu não quero ver-vos por aí perdidos, aqui vão umas escolhas baseadas nos próximos concertos dos meus profezões.

Apareçam, mas já vos tenho dito, nada de ocupar os lugares à doida, sem guardar para mim um lugarzinho decente. As boas informações deste blog têm um preço!! Além disso depois poderão vir aqui sacar as melhores fotos do evento. Uma cortesia deste espaço.

Paintings
13 Jul

Pedro Madaleno volta à sua boa forma, apresentando o seu novo projecto Paintings-com. Uma música actual, vanguardista, que propõe uma viagem por temas que contam histórias mágicas, tal como uma banda sonora de um filme.

Pedro Madaleno, guitarra, sound design; João Moreira, trompete; Bernardo Moreira, contrabaixo; Alexandre Frazão, bateria

OndaJazz
Arco de Jesus, 7 (ao Campo das Cebolas)

Paula Sousa Quarteto
27, 28 e 29 de Set

Paula Sousa é uma excelente pianista, com ouvido absoluto que começou por tocar musica clássica aos 7, mais tarde estudou no hot club e por fim estudou na Berklee College of Music em Boston USA.

Hot Club de Portugal
Praça da Alegria

Politonia
18 Jul

O Projecto Politonia nasceu como um projecto individual do guitarrista Zé Soares em 1990, começando por ser um motivo para procurar algo de novo dentro do jazz e da música improvisada. Para esta procura muito contribuíram os músicos que por lá passaram, entre os quais: Jorge Reis, Acácio Salero, Franco Piccinno, tendo este último participado no 1º disco - Lisboa - editado em 1999 pela Up Beat Records. A ideia de Politonia, como o próprio nome indica, é a de politonalidade, ou seja, a ideia de explorar as influências e a experiência de cada um dos elementos do grupo, culminando num objectivo comum. Este trabalho só se tornou realidade graças ao encontro das ideias e das cumplicidades dos quatro elementos que formam este quarteto. O repertório do grupo constrói-se sobre várias formas, procurando sempre uma abordagem musical alternativa, sem deixar de parte a tradição, mas criando situações surpresa como muitas daquelas que nos acontecem no dia-a-dia

MusicBox
R. Nova de Carvalho, 24 (Cais do Sodré)

Quarteto Maria João Matos
13 e 19 Jul

Nasceu em Lisboa em 1985. Habilitações Académicas: 1998 – Aulas particulares de Guitarra Clássica sob orientação do professor Alfredo Soares. 2001 – Escola Profissional de Música e Artes de Almada - Guitarra Clássica com o professor Walter Lopes; 2005 - Curso Profissional de Música e Novas e Tecnologias na Etic_ (Escola Técnica de Imagem e Comunicação) - Canto jazz com a professora Joana Rios. 2007 – Ingressa a Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal para aulas de voz com a professora Paula Oliveira.

Neste Quarteto o prof é outra vez o Zé Soares, na Guitarra.

Jazz & New Trends
Edificio Lisboa / Parque das Naçoes


La Farse Manouche
20 Jul

Trio de Jazz com influências no Jazz de 1920 composto e interpretado por Django Reinhardt. Formado em 2005 por Alcides Miranda, este trio é formado por músicos de vasta experiência profissional que já actuaram em variadíssimos palcos de Portugal e da Europa

Jazz & New Trends
Edificio Lisboa / Parque das Naçoes

Les Éléphants Terribles
14 e 20 Jul


Les Éléphants Terribles são uma mostra da nova música portuguesa, um grupo de oito músicos que vivem em Lisboa, mas de diferentes culturas: africana e europeia. Um espelho do melting-pot que é a Lisboa actual. A banda assume tantas influências como a música e a cultura urbanas portuguesas modernas comportam: o jazz, a bossa-nova, o funk.

Jazz & New Trends
Edificio Lisboa / Parque das Naçoes

segunda-feira, 2 de julho de 2007

O problema não foi Dyslexia...


Gostei da música que eles fazem. É uma improvisação progressiva, contemporânea, com uma fusão de referencias ao rock e jazz, sonoridades de guitarra densas e teclas vintage, pra resumir.
O problema foi estarem a tocar num ambiente tão aberto e despido. Ou melhor, um dos problemas. O outro é que a atitude destes músicos foi de ausência de comunicação com o público. Nem tanto a verbal, mas principalmente a comunicação física. Ausência total de expressões e postura de palco. Agora imaginem o que são estes dois factores juntos... foi pena e espero que não seja um problema inultrapassável. Estes rapazes tem musicalidade e originalidade e bem podem vir a marcar uma presença.

(PlenoOut JAzz: The Zanny Dyslexic Band ontem na Quinta das Conchas, Lumiar)

domingo, 1 de julho de 2007

Todos somos o mesmo

"Personally, I believe very much in values of savagery. I mean: instinct, passion, mood, violence, madness."

Jean Dubuffet