Isto, garanto-vos sem margem para estar enganado, é música de outro campeonato ou de outra galáxia ou de outro universo. A raça humana não atingiu ainda este estado de desenvolvimento.
Zorn e Fred Frith deram-nos uma autêntica lição de música nesta hora e meia. Entrados no palco, cria-se um clima de extase e tensão que não volta a abrandar. A música é livre, improvisada, mas nunca nos deparamos com clichês ou manobras de 'encher'. As técnicas, totalmente invulgares de tocar (mesmo num quadro 'free') resultam num clima invulgarmente expressivo e sem situações frequentemente observadas de alguma aleatoriedade. Na verdade Fred Frith foi para mim a surpresa maior ao fazer tudo com aquela guitarra nas mãos e alguma electrónica 'nos pés descalços'. Um loop sampler serviu não apenas para prolongar um ritmo/som por períodos alongados, mas muitas vezes para gerar apenas mais um batimento enquanto as mãos de Frith já levavam a guitarra para outras sonoridades. Impressionante.
E Zorn, sem electrónicas para controlar, tem igualmente a capacidade de tudo descrever com aquele sax.
Conto deixar-vos aqui num dos próximos posts o trecho de mais de 10 min do concerto em que Zorn tocou ininterruptamente, o seu Sax através da técnica de respiração circular, com um Frith irrequito na guitarra. Um concerto inesquecível.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
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5 comentários:
não tens nenhuma foto com o braço da guitarra mais destacado?
onde se veja claramente o micro que estava instalado no braço da guitarra não... nalgumas dá para perceber que está lá algo, até relativamente volumoso, mas não se identificam os detalhes :(
...e ter tirado estas fotos com iso 1600 não ajuda. :)
iso1600?...
eu fotografei com iso800...
e não ficaram muito más...
investi na velocidade de obturação :) que mesmo assim não era muita para o zoom que usei.
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