terça-feira, 26 de junho de 2007
Pedras Rolantes
Dizem que para a próxima é que já não há. Eu acredito que vai continuar a haver...
I always get my satisfaction!
segunda-feira, 25 de junho de 2007
Talvez um pouco de falta de algazarra..
por parte do público.
Visivelmente animados, mas sem acompanhar o alto débito de energia e fanfarra da performance dos Kumpania Algazarra que se deu ontem à tarde nos jardins da Gulbenkian. É
pena, porque ter os músicos a tocar ‘com’ o público e no mesmo espaço do público, não é todos os dias. Não é totalmente natural ver esta banda tocar, não são maioritárias as raízes lusas (apesar da letra portuguesa) ou deste lado da Europa; é música predominantemente
balcã, que podia estar a sonorizar um Emir Kusturica portuga. Mas é bem físico o sentido de espectáculo e a pedalada que lhe imprimem.
terça-feira, 19 de junho de 2007
Para os desenxovalhados!!
Percepção e Estéticas na Criação Musical
Transmutações do Som e Novas Tecnologias
Hanne Hukkelberg
estive num momento ZEN. De musica imensa e beleza infinita.
A Hanne Hukkelberg foi lá cantar, entoar melodias, e acompanhar-se de sons nús, como o correr de uma bicicleta e o bater de uma tampa; ou um piano preguiçoso.
Os músicos que a acompanham completam o clima e com ela, mergulham-nos em sonhos cor de rosa.
Os albuns que até agora gravou, são mais analíticos e por consequência menos aromáticos. Ou então sou eu que acho sempre que ao vivo os bons espectáculos tem melhor clima. Mas não me entendam mal, estão todos verdes de rodar no meu ipod.
Não é monumental e grandioso, é terreno e despretensioso e não soa ao ôco de muita, mesmo muita pop. Chamei-lhe art pop experimental, mas não sei porquê, não liguem...
Ao fim de alguns encores, lá tivemos de os deixar ir. Estavam numa digressão de 2 meses e este foi o espectáculo final de encerramento. Perfeitinho era sermos agora os primeiros da próxima..
Lauren Newton no Jazz em Agosto
Olhem!!
Dia 11 de Agosto 2007, sábado
15h30 – JOËLLE LÉANDRE (FRANÇA) - solo contrabaixo
18h30 – TIMBRE (EUA, ALEMANHA, ÁUSTRIA) Lauren Newton (voz), Elisabeth Tuchmann (voz), Oskar Mörth (voz), Bertl Mütter (voz, tb)
21h30 – ORNETTE COLEMAN "SOUND GRAMMAR" (EUA) Ornette Coleman (sa, viol, tp), Tony Falanga (ctb), Charnett Moffett (ctb), Al Macdowell (b el), Denardo Coleman (bat)
Conhecem-na? É daquelas que tem uma voz abençoada pelos deuses e que percorre todo o espectro do audível, passando por registos que na verdade ainda não sabiamos ser do audível.
O talento é imenso e corremos o risco ficarmos de ouvidos colados às paisagens musicais que ela desenha. Talvez precisemos de estar preparados para ouvir o inabitual e inesperado, mas não o devíamos estar sempre? Ou queremos canções de embalar corpos e inanimar neurónios, para adormecer no doce silêncio do tédio? Não aqui.
A Lauren Newton nasceu em 1952 nos Estados Unidos, mas tem vividio na Alemanha onde é um dos membros fundadores do Vienna Art Orchestra.
Uns 11 albuns gravados, dois dos quais recentemente (Soundscapes e Tenderness of Stones), sem nunca cá pôr os pés para a ouvirmos.
Não mais. Por fim vou ouvir ao vivo um dos meus heróis da improvisação, do avant garde, da voz. Já não era sem tempo e ó Gulbenkian, mais uma vez te agradecemos!!
Ah, guardem-me um lugar central na primeira fila do anfiteatro. Não é virem aqui saber as boas notícias e depois irem pra lá ocupar os lugares à doida...
sábado, 2 de junho de 2007
Dead Combo @ ZDB
Não tenho uma miserável foto pra postar, esqueci-me de levar a máquina, logo esta noite que estava ali mesmo debaixo dos narizes deles. Vou deixar duas que tirei no primeiro concerto na ZDB, em 22-05-2004, se não me falham os registos.
sexta-feira, 1 de junho de 2007
Cecil Taylor @ today
Cecil, pianista quase com 80 anos mantém uma energia que eu gostaria de ter tido aos 20. Embora vulgarmente a sua criação se enquadre no Free Jazz, melhor o definiria como 'musica genial, tentem lá fazer igual ou parecidito que seja'. CT é um performer que não se limitou à expressão musical, também já se fez dançarino e performer, poeta, declamador e filósofo.
As sua manifestações artísticas ao piano, evocam uma paleta de 'cores' que vão da mais suave melodia a uma violenta utilização corporal, capaz de o deixar (ao piano!) em desconcerto. É mesmo assim, quando se 'nasce' com alma orgânica para a música.
Que eu saiba não está para vir cá mas se estivesse, falava dele na mesma!